Curitiba, 1970

Interessado nas “sujeiras” da codificação nos programas de computador e na linguagem da internet, com seus links, pop-ups e anúncios, o artista articula escrita, imagens digitais, vídeo, som, instalação e projetos editoriais. A apropriação de materiais da internet se faz método para a construção de um repertório que frequentemente se desenvolve por meio de edição e montagem. É sobretudo nesse ambiente digital que Noronha faz circular sua produção, disponibilizando-a gratuitamente para visualização e download.
Na Trienal, o artista apresenta três edições da revista Arminha, projeto editorial que desenvolve em sua pesquisa na universidade, e um conjunto de seis vídeos que congregam parte do vocabulário poético que construiu nos últimos anos.
Em Audio 65 a (2002), a leitura computadorizada de uma versão do texto Electronic Revolution [Revolução eletrônica] (1970), de William S. Burroughs, é ilustrada por uma imagem de fita cassete, o que evoca os experimentos com gravação e também ideias sobre a relação entre palavra escrita e falada.
Já no vídeo Megafone (2016), uma montagem com trilha sonora composta pelo artista mostra um a um, na forma de legenda, os 198 métodos de ação não violenta compilados por Gene Sharp, estadunidense que publicou uma série de estudos sobre estratégias de resistência em contextos de ditadura, opressão e guerra.

Obras

Megafone, 2016
vídeo digital, cor, som estéreo, 16’50”

Audio 65 a, 2002
vídeo digital, cor, som mono, 66’8”

Barba eXistenz, 2012
vídeo digital, cor, som estéreo, 54”

Vídeo-anúncio SCC_var_
Bouguereau, 2013
vídeo digital, cor, som estéreo, 9’2”

Cabeça, da série Insônia
valeriana, 2000/2002
vídeo, 1’38”

Banho personal 1950, 2006
vídeo, 5’30”

Revista Arminha V1: Insônia
Valeriana, 2015
Revista Arminha V2: Motosserra,
2016
Revista Arminha V3: Coded
Meaning, 2017