Denver, 1958 – Nova York, 1981

Modelo para a maioria de suas imagens, Francesca Woodman trabalhou sobretudo o autorretrato. Em suas fotografias, casas decadentes costumam ser o cenário onde mulheres jovens se apresentam em situações ambivalentes entre a força e a fragilidade. Às vezes suas figuras se encontram em movimento e, por isso, são capturadas como vultos pela longa exposição da câmera fotográfica, seja em ruínas de arquiteturas hostis a esses corpos ou na natureza.

O suicídio aos 22 anos induz uma camada de significado que dificilmente se descola da crítica produzida sobre seu trabalho. Deixou uma obra considerável, com cerca de oitocentas fotografias, a maior parte produzida quando era ainda estudante. Atualmente, seus pais cuidam dessa coleção, que carrega o drama mas também o sarcasmo de uma artista desafiadora, que tinha domínio pleno de suas proposições. Embora muito jovem, conseguiu formular um estilo próprio e experimental, que cita o surrealismo e uma produção fotográfica do século XIX que forjava espíritos. A prática de Woodman ainda tangencia a performance e as questões de gênero e identidade, muito presentes na cena artística estadunidense dos anos 1970.

Obras

Sem título, da série Eel (Veneza,
Itália), 1978
impressão de prata coloidal
Coleção Andrea e José Olympio Pereira

Sem título, 1979
impressão de prata coloidal
Cortesia Luciana Brito

From Polka Dots [De bolinhas
(Providence, Rhode Island)], 1976
impressão de prata coloidal
Coleção Particular

Sem título (Roma, Itália), 1977-1978
impressão de prata coloidal
Coleção Particular

Sem título (Andover, Massachusetts),
1972-1974
impressão de prata coloidal
Coleção Particular

Sem título (Boulder, Colorado),
1972-1975
impressão de prata coloidal
Cortesia Mendes Wood DM São Paulo

Sem título (Providence, Rhode
Island), 1976
impressão de prata coloidal
Cortesia Mendes Wood DM São Paulo

Sem título (New York), 1979
impressão de prata coloidal
Cortesia Mendes Wood DM São Paulo

Sem título (New York), 1979-1980
impressão de prata coloidal
Coleção Dulce e João Carlos de
Figueiredo Ferraz