Niterói, 1962. Vive no Rio de Janeiro

O movimento de justaposição, fricção e intersecção de linguagens artísticas é comum à matriz de pensamento que norteia os trabalhos de Simone Cupello. Pesquisadora de imagens pessoais descartadas, a artista vem desenvolvendo instalações e formas orgânicas que se utilizam desses arquivos como matéria, destituindo sua função original de memória.

É o caso das obras Sorrisos em caixa e Beatriz vai à Itália,  pedras esculpidas a partir de fotografias prensadas. Como as rochas, que são acúmulos de materiais orgânicos que se sedimentam em uma nova forma, nas pedras de Cupello o conteúdo perde-se frente à concentração, ao adensamento e à abundância. Na Trienal, a artista também apresenta Olhares privados, instalação formada por centenas de fotografias justapostas e sustentadas por varais de cabo de aço, formando um volume flutuante no espaço expositivo.

[UC]

Obras

Olhares privados, da série Varais, 2017
fotografias apropriadas, cabos de aço e grampos de metal

Sorrisos em caixa (Yeda, Franklin e seus amigos), 2017
fotografias apropriadas esculpidas

Beatriz vai à Itália, 2015
fotografias apropriadas esculpidas
PARTICIPAÇÃO: Fotos Contam Fatos (Galeria Vermelho) e Duas Naturezas (Central Galeria)