Tallahassee, 1940. Vive em Londres

A partir do legado histórico do minimalismo e da arte conceitual, Susan Hiller frequentemente utiliza estratégias de inventário, tradução e arqueologia para tratar de cultura e invisibilidade. Suas obras reúnem uma variedade de mídias, como instalação, vídeo e fotografia. Em Frestas, apresenta a série The Last Silent Movie [O último filme mudo] (2007-2008), composta de um filme e 24 gravuras sobre línguas que estão prestes a serem extintas por completo, uma vez que não são mais faladas.

A artista oferece, assim, a possibilidade de decifrar parte de uma comunidade cultural por meio de discursos orais sobre seu cotidiano, muitas vezes proferidos pelos últimos sujeitos fluentes nesses idiomas.

O trabalho lança questões: quanto de memória e história serão perdidos junto com a língua? Qual é o contexto socioeconômico que determina a primazia de algumas culturas e a extinção de outras? Essa pesquisa lança mão de métodos e percursos que extrapolam o domínio da ciência. Em vez de um inventário rigoroso, a relação com os idiomas é sensível, mediada pela sensação física de ouvi-los em uma sala escura.

Obras

The Last Silent Movie [O último filme mudo], 2007-2008
projeção em Blu-Ray, 21” e gravuras sobre Moulin de Gué (Rives de Lin) 270 gr.
Coleção Inhotim